domingo, 12 de junho de 2011

The Lost Boys

Fonte
Ontem na Glam havia uma quantidade interessante de garotos jovens e bonitos; alguns eram até de tirar o fôlego. Mas a convivência por horas, observando seus comportamentos, mais até que flertando, me fez sentir um pouco deprimido: o que vem acontecendo com essa geração, imediatamente após a minha, que parece que todos esses garotos gays estão mais perdidos do que deveriam? Explicarei.

Quando era era adolescente e pouco depois dessa fase, ser gay ainda não era a modinha que é agora. Ah você pode discordar dessa moda, alegando que homofobia é cada vez maior e clara, mas isso porque, penso eu, quando uma coisa está em grande voga, a rejeição a ela também se apresenta com a mesma força. Terceira lei de Newton, ação versus reação.

Então, se a homofobia é chocantemente explícita hoje é porque a homossexualidade também tem sido da mesma forma. E não é apenas na aceitação da cultura queer ou da ousadia de muitos em dar a cara ao tapa e serem quem eles querem ser; um exemplo é a representação dos estereótipos homossexuais nas novelas que, apesar de irritantes, eu acho ao menos interessante que estejam aparecendo, dando, assim, margem para a discussão.

Daí, se ser gay no colegial ainda é algo difícil, ao menos hoje - pelos exemplos que conheço - parecer gay já não é grande coisa. Digo, ainda há discriminação e violência, verbais e físicas, nas escolas, mas a quantidade de garotos e garotas visualmente gays/lésbicas em idade escolar hoje em dia é, admito, surpreendente pra mim que nem sou tão velho.

Muitos me perguntam como eu consigo ir a festas, dançar, beber e fumar até de manhã e não ficar com um garoto sequer. Eu geralmente respondo que já passei da fase de ter a festa/boate/inferninho gay como lugar para extravazar minha sexualidade. Hoje em dia, eu a expresso sem medo em minha atitude cotidiana, pois, em muitos aspectos, eu transpus a barreira do olhar alheio no entendimento de quem eu sou. Porém, apesar de não estar no meu lugar ideal como pessoa, eu sustento bem aquilo que me proponho a ser e expressar. Por isso, não é importante para mim "sair à caça".

Fonte
Quando vejo tantos garotos pelas ruas, voltando das escolas [públicas, vale ressaltar] com suas calças skinny, cabelos estrambólicos e sensos de estilo essencialmente gays [sendo eles, gays ou não], fico um pouco fascinado por essa aparente abertura. Mas a superfície, apesar de fascinante, é essencialmente enganadora, e não há melhor lugar para observar o quanto ela esconde certas coisas como no habitat natural da comunidade gay: a pista de dança.

Há 5 edições, a Glam tem se firmado como a única opção digna da comunidade gay conquistense e regional. Com uma população essencialmente adolescente/pós-adolescente, as beeshas teens se jogam e a grande maioria é aquilo que nunca seriam no cotidiano com os pais, amigos e etc. A pista de dança se torna um refúgio onde é permitido fazer tudo que se tem vontade, pois - em tese - estamos todos num dia de folga da escravidão das convenções sociais e medos de assumir nossas identidades.

Mas por que, quando eu vejo essas pessoas atiçadas pelos hormônios da juventude, raramente sinto que ali há um comportamento baseado numa aceitação e vivência concreta da sexualidade?

Vou exemplificar. Havia um garoto na festa que era lindo. Podia ter qualquer um, mas ele vinha tendo todos - todos que, em comparação a sua beleza, eram aquém de sua capacidade de conseguir alguma coisa. Evidentemente bêbado, ele, sempre que o via, estava se atracando aos beijos com um cara pior que o outro. E, sempre que ele saia, fazia uma cara de desgosto pelo que acabara de fazer.

Ao olhar ao redor, ele não era o único. Havia um outro que estava com um cara mais velho [e feio] que não parecia muito feliz com sua escolha. Então, estariam eles, motivados pela "obrigação da caça", a se jogarem nas primeiras oportunidades sem nenhum tipo de critério? Ou talvez essa geração está se descobrindo nas relações sexuais sem sustento emocional ou noção das consequências de suas atitudes? Ou, simplesmente, ela se caracteriza pela ausência de critérios?

Quando penso, e comparo comigo mesmo, sinto que devo admitir sem modéstia que sou privilegiado em muitos aspectos. Na Glam, um amigo me disse que eu tinha pais riquíssimos e ele não estava falando de dinheiro. Tive que concordar, pois eu não passei por metade das dificuldades que muitos que conheço passaram ou passam para que a família aprenda a, ao menos, conviver com sua condição.

Minha história de vida, e a de muitos dos meus amigos, ajudou a construir a pessoa que sou hoje e a ter uma melhor pauta na expressão de mim mesmo. Contudo, ao que me parece, a juventude de hoje tem expressado sem pudor sua sexualidade, mas está longe de compreende-la como um todo.

Isso é meio triste.

16 comentários:

Eline Luz disse...

Muito boa sua reflexão, de verdade.
E percebo que essa questão da falta de critérios se dá em todos os tipo de relações. Não sei, mas as vezes penso que anda faltando algo para essa geração, um foco, uma vida a ser de fato vivida, se conehcer para saber o que de fato deseja. As pessoas estão aprendendo a suprimir a falta de si mesmo com a presença do outro, sendo a questão sexual muito reprimida nas gerações passadas, essas pessoas acabam usando como um grito.
Eu acho.

Dannillo Lima Rocha disse...

Não sei se o drama do entendimento da própria identidade sexual é um problema dessa geração. E sei que você não afirmou isso. Acho que extravasar a sexualidade sempre foi um tabu. Mas como você observou otimamente a nova geração está perdida demais com as referências. Eles reproduzem atitudes e sequer se perguntam o porquê de estar agindo como agem, e as consequências que se fodam. O boom do modelo de comportamento dos gays seguido inclusive pelos não gays tem como justificativa geralmente o clamor eterno por liberdade. Acho que a geração nova se perde profundamente nesse sentido, ser quem eles querem ser, mas eles mal sabem quem são. E liberdade tem sido confundida em fazer qualquer coisa sem limite, sem ponderação, sem que nem por que.

Flávia disse...

Arrasou, amigo. A gente não pode confundir liberdade sexual com a paranóia humana do exibicionismo, não é só pela questão estética, mas esse desapego frenético que vivenciamos hoje não só nas pistas como também nos discursos interiorizados - a fim de suprir ou camuflar fragilidades - está sendo a nova tendência (e não só dos homossexuais CLARO!). Acho que as pessoas não se tocaram que democratizar o debate sobre orientação sexual não signfica banalização do ato sexual, ou torná-lo promoção de si mesmo.
Esse tanto de bafão me cansa, diversidade é comum, e porque não dizer, óbvia. Enfim...

Venus disse...

Quando a mononucleose atacar, a bee que passou o rodo na buatchy inteira vai ter mais critério ao escolher seus parceiros! rs

truelife disse...

Esse foi o melhor post que eu gostei do seu blog. Ele mostra escancara como a homossexualidade passou de uma libertação para uma obrigatoriedade de auto afirmação ( que eles nem sabem como fazer isso). Concordo plenamente com sua opinião e deve ser por isso que consigo lhe entender quando converso contigo.

Lucas Dantas disse...

oi truelife, quem és tu?

e venus, a gente tbm se conhece?

Lucas Bidow disse...

[parte 01]

Após nossa conversinha, que funcionou para minha pessoa como o leitinho quente para muitos, a síntese! [síntese uma porra! está grande feito coisas grandes]. Será que alguém vai ler tudo?



Seu texto abre possibilidades para mais trezentas bilhões de discussões. E, diferente de outros que já li, o clima do texto é pesado.

Estive tentando compreender onde concordo contigo e onde percebi que talvez haja questões muito particulares envolvidas [isso jamais foge à leitura do psicólogo: é quase automático]. Não vejo problemas em racionalizar ou romanticizar a vida. Só pode fazer isso quem pode/sabe pensar e gosta de viver. Entendo que é sua visão de mundo. Sempre.

A pergunta do primeiro parágrafo é interessante e causa desconforto. Porque você começa a ler o texto e pensa “pronto, mais um texto moralista”. Nessa pergunta há um equívoco? Não sei. A característica que você observa e discute não é privilégio dos gays: não mesmo. Mas, diante do que você acaba de me dizer [“ao mesmo tempo em que eu pego o dancefloor como exemplo | e como lâmina para o microscópio | eu penso e o considero como a parte de um todo”] e considerando a natureza do texto, me parece justo que a pergunta seja específica.

O segundo desconforto em relação ao texto é quanto ao uso da palavra moda para a questão da orientação sexual. Quando eu e outros tantos lemos seu texto sabemos sobre o que você está dizendo quando utiliza a palavra. Sabemos? Acredito que sim. Acredito que o que tem sido ‘moda’ são os comportamentos, a existência estética da coisa [é o que você discute].

Mas, ainda acredito que, se pudéssemos considerar um comportamento sexual [repito: comportamento] como ‘moda’ este seria o da bissexualidade, bem mais próximo da realidade das relações dos sujeitos dessa geração que você discute.

A característica em questão é a da escolha. Escolher é deixar de ter, de ser as demais possibilidades. Funcionalmente heterossexualidade e homossexualidade são iguais. Concorda? Mas a bissexualidade não: aqui o sujeito não precisa perder. Sabe aquela frase que os adolescentes adoram escrever em seus cadernos, braços de carteiras e paredes “quem se define, se limita”? Então, essa geração quer tudo. Não quer perder nada. Partindo daí - da esfera do comportamento - poderíamos pensar mais profundamente em que níveis da psique essas idéias agem [mas isso é para outro momento, depois de muitos estudos ao lado de Freud - falta paciência].

O sujeitos dessa geração paralisam e sofrem muito. Mas, não entremos numa perspectiva de culpabilização. Eles são o produto da sociedade contemporânea, que tem muito de bom também. Mas se existe algo em que ela perde feio para a sociedade moderna é neste ponto: o de não instrumentalizar seus sujeitos para as situações de escolha. Mas essa discussão vai longe também. Na realidade, ainda não consegui chegar a conclusão do que é de fato melhor: ter uma vida traçada, planejada em sociedade, pensar que escolhe e nem chegar a sofrer por não conhecer as demais possibilidades (sociedade moderna); ou ser jogado em um mundo de possibilidades, onde o certo e o errado são discutíveis, onde você deve ser o ator da própria vida, saber que existem milhões de possibilidades e sofrer tendo que escolher, sabendo que nem pode escolher tudo que quer [sociedade contemporânea]. E, provavelmente, essa minha dúvida seja fruto do meu pensamento contemporâneo.

Podemos pensar que diversas de nossas atitudes de escolha estivessem, em tese, relacionadas às características modernas. Mas, para ser moderno, de fato, o sujeito não conheceria outra realidade, a não ser a que é mostrada para ele. O sujeito só possui a sensação de escolher. Sabe Matrix? Então, é quase isso. É como viver na caverna de Platão.

Lucas Bidow disse...

[parte 02]

Se aqui chegamos ao ponto de discussão do que seria plausível ou não. Do certo e do errado com base no que é real e o que é ideal, pensemos:

1. o que é o ideial? Tchanran!!: é uma idéia. Quem produz a idéia? Tchanran!!: nós [considerando todas as experiências, questões genéticas, sociais e blá blá blá e o que pensamos ser a realidade].

2. O que é a realidade? Tchanran!: quem souber, morre! O que chamamos de realidade é também uma idéia.

3. Logo, o que temos? Tchanran!: um conflito entre duas idéias tão nossas quanto possível. Uma que pensamos ser a realidade e outra que nunca vai ser porra nenhuma, porque o ideal sempre será o ideal. Digo isso porque, se alcançamos o que achávamos ideal, logo outra idéia toma o seu lugar: sempre haverá um ideal.

Próximos do fim, temos mais uma discussão específica, com base em sua fala:

"Contudo, ao que me parece, a juventude de hoje tem expressado sem pudor sua sexualidade, [...]"

Qual a dose de pudor ideal? Como e quando usá-lo? E a quem serve o pudor?

Se a direção é de si para o outro, sim, faz sentido que serve ao outro. Assim poderíamos pensar "preciso de pudor, para servir ao outro. Para que o outro não se incomode".

Mas, se estamos na outra posição [e é essa a sua no texto] o pudor serve a nós mesmo. E acredito que é sempre assim: o pudor sempre serve a nós mesmos.

Na realidade é mais. O pudor serve a algo maior [será?]. Talvez estejamos na esfera de estratégias de poder e controle [viiiiixe, isso pode ir longe].

E, apesar de perceber como o assunto em questão tem te incomodado, temos aqui uma situação criativa. Sabe, apesar de seu texto ter um clima 'baixo astral' e você exemplificar com situações que te incomodam, isso te mobiliza e te faz produzir: escrever, discutir, querer conhecer. No fim das contas e até bom.

E se é uma postura discriminatória, não é uma postura ruim. De fato, é a mais comum. A diferença, como você mesmo disse, está no nível de honestidade. Isso é realmente muito bom: você é honesto!

Pelo pouco que leio do que você escreve e, partindo daí, imaginando suas possíveis atitudes e conversas com as pessoas, me parece que você escreve com paixão, seja o sentimento positivo ou negativo. Isso dá um ar diferente. Você sente o que o autor sentiu.

E não se esqueça que viver é assim mesmo: exige criatividade constante de nossa parte. Logo, nada de ensaio. Só experimentações! [o que inclui golpes de kung-Fu... hauhauahhauhauah].

Beijos e até a próxima!
=]

truelife disse...

Aff...

A beesha frequenta minha ksa e me pergunta quem es tu?

Eu sou akele que n entra em carro que me oferece boquete na frente da ATIVA!

kkkkkkkk

Lucas Dantas disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk irge! como eu ia saber? dsd qnd eu te conheço como true life caracu! hahahahahaha

KB disse...

Achei ponderada a sua reflexão, nossa geração tem esse questionamento do novo comportamento sexual. Não por achar que isso seja 'modismo' mas por nao termos sido a referencia dessa nova geração (o que tipicamente ocorria com as gerações anteriores). Nós que vivemos nossa sexualidade juvenil nos anos 2000 tivemos como norte outras referencias que nao a aparencia. Alias, eu penso que buscavamos justificativas mais contundentes para vivermos conforme nossas vontades para não parecermos superficiais e envolvidos apenas pela liberdade sexual e que por isso deveriamos experimentar. Hoje a gnt sabe que há forte influencia gay nos mais variados setores socias, sejam ela das artes ao proprio fortalecimento da tolerancia dos diversos tipos de diferenças. Dentre meus amigos, quando vemos esses adolescentes cheios de trejeitos (nao interprete como preconceito)a gnt brinca e diz: depois nao quer tomar uma lampada florescente na cara. No meu entendimento, o que a gnt quer dizer com essas frase é: para se afirmar gay, não precisa que todos saibam que vc é. Concordo com vc quanto a necessidade de alguns de ficarem c alguem (alguens) em tais festas, como se fosse um compromisso com o a auto-estima. Mas também sei o que é querer ter esse compromisso com o desejo, uma vez que achei que está seria uma oportunidade de extravasar algumas vontades mundanas etc. Mas eu acho mesmo é que para os novos gays, de idade ou de descoberta, está muito mais facil se relacionarem, mais opções, vc sabe quem curte ou não. Voce chega sem temor (não eu, ainda). Talvez por nao termos passado por isso com a mesma facilidade, encaramos de forma diferente, com certo pudor e com mais receio de que isso tudo seja passageiro e que a gnt tenha que provar pro mundo todo, novamente, que as coisas não sao tão superficias quanto paraece.
Tenho a impressão que saí dos meandros da discussão, rs.

Lucas Dantas disse...

@Kaio oh sim eu concordo contigo! e é engraçado pq eu me sinto assim tbm. eu não ligo pra "adolescentes cheios de trejeitos", desde que os trejeitos sejam sustentados, mesmo sob o risco de levar uma lampadada na cara. contudo essa geração se expõe a muita coisa sem necessidade - desde lampadadas a hepatite c. e saindo totalmente de meandros, quem és tu? rs

Pererucho disse...

Essa sensação também me acomete sempre que questiono atitudes, ou a falta, nessa nova geração que nos atropela. Mas, acho positivo, de certo modo, porque pode ser o retrato de um comportamento que durante muito tempo foi amordaçado. Há pouquíssimo tempo, vivíamos os freios de comportamentos que nos deram esses "critérios" de seletividade (frutos talvez de nossos medos, preconceitos e padrões estigmatizados). Daí, assusta, causa estranhamento e nos faz julgá-los perdidos, sem sustento; capazes de provocar tristeza e descrédito. Mas, os padrões mudam. Graças ao cosmo!
Nós mesmos somos diferentes das gerações setentistas, oitentistas ou até noventistas, que de tão recalcadas e assombradas pela "peste gay" e outros enganos (acidentais ou arquitetados), acham absurdo homossexuais andarem de mãos dadas ou se beijarem em público: "Pra que isso? Seja gay, mas se comporte". Era como nos apontavam. Agora, vem uma trupe livre dos genes da opressão. E isso pode ser positivo porque vem sem medo de experimentar. Nada mais saudável e evolutivo do que a prática. Vamos ver com alegria essa liberdade sexual e permitir que nossos padrões de feio/bonito, velho/novo, feliz/triste, se expandam para além do nosso ultrapassado e enfadonho cabresto (pré)conceitual.
Bjus, amigo. Adoro seus textos!

KB disse...

Pererucho, tambem acho que a gnt tem que brindar essa nova fase da vivencia da sexualidade. Mas o que me deixa aflito (com a licença da hiperbole, claro) é o fato de nao imaginar o que pode acontecer caso essa nova geração não sustente toda a liberdade e as responsabilidades que são tão inerentes a qualquer direito. Não vou me afastar dos fatos e dizer que sou do tipo liberal, nunca fui. sou conservador, mesmo correndo o risco de ser entendido como reacionário, coisa que eu refuto. Não que novos padrões sejam vistos por mim de maneira temerosa, mas é que eu não acho necessário essa liberdade ser tambem envolvida pela exposição. São institutos diferentes. Sejamos livres, como devemos ser, mas que seja para nós mesmo. Não há necessidade de confronto social pra demonstrar o quanto foi conquistado até hoje. O que a gnt precisa mesmo é solidificar o que nos foi promulgado por direito e a partir daí sim, expandir nossos parametros. Agora, é fato que cada vivencia é uma experiencia de vida diferente e atrelar nosso eventual sucesso a padrões de comportamento é extremamente descabido. O que nós, que ficamos receosos com as consequencias, devemos fazer é amparar eventual dificuldade que a geração Gaga (sempre quis escrever isso, rs)posso ter e dar suporte e demonstrar que a luta pelos direitos iguais, seja ela de qual direito for, nunca deverá ser cessada. Lucas, im a stalker. Temos um amigo em comum. Um dia nos conheceremos, espero que breve. Abraço

Lucas Dantas disse...

então, eu concordo com pererucho, mas eu vejo muito do meu pensamento e discurso perpassando também pelo oq kaio diz.

por um lado, eu acredito e apoio a exposição sim! acho que a cara tem que ser dada ao tapa mais vezes, pois nós, frutos da geração 80/90 nos acostumamos a "lutar" dentro do armário. muita coisa foi conseguida dessa forma? YES! mas não é mais o bastante; paradigmas têm de ser quebrados, pois agora há desejos e vontades que o armário não mais comporta.

particularmente, acho inconcebível a idéia de nego me dizer "seja gay, mas se comporte"! talvez seja a idade, talvez porque eu tenha o gene da rebeldia e inconformidade ainda mto ativo, mas eu não aceito isso de meus pais, imagine do povo na rua que mal sabem das contas que eu pago.

contudo, e é aí que eu pendo pro que kaio pensa, eu sustento a parada. não adianta ser locona e querer ser/estar gay em todas as instâncias da vida social, pois ainda vivemos numa sociedade cruel e que faz de tudo pra passar a rasteira. é muito bonito da "geração gaga" [eu tbm acho que ela tem sido essencial nessas definições] botar as patas pra cima e gritar "baby i was born this way!" e "seja você mesmo"... mas a questão é "QUEM É VOCÊ NA NOITE?!"

KB disse...

Lucas, concordo com o que diz, especialmente a frase "vontades que o armário não mais comporta". O fato então está nos desejos que o armário ainda reprime ou nas conquistas que são grandes demais para caber nelas? devo admitir que sempre fui impulsivo ao ponto de achar que quem manda em mim sou eu. No entanto, me percebo tosado pela sociedade e reprimido em alguns aspectos. Mas será isso de toda sorte ruim? Não seria esse tipo de repressão comum em todas sociedades? Pois bem, caso nao seja, eu ainda acho que nao temos educação suficiente pra conseguir discernir o joio do trigo, digo, até onde as atitudes são honestas e onde são apenas para chocar. Poderia até fazer uma ponderações mais animadas e com um discurso mais inflamado, mas poderia estar imbuído de pessoalidade, o que talvez dê algum descredito a um questão que deve ser discutida com prudencia e bom-senso. Ah e espero que nao desacredite no que falo depois de saber que sou, rs.